VIDAS PASSADAS BLOQUEANDO SEU PRESENTE
Quando durante o processo terapêutico
encontramos obstáculos resistentes que não se consegue superar apesar da
concordância do eu da pessoa é preciso averiguar se o que está segurando não é
uma questão que transcende os recursos da teoria psicológica que está sendo
usada.
Conceitos são instrumentos de compreensão, se
não tiver resultado com eles é porque não são os certos para o que se quer
entender (e resolver). Eis a importância das teorias. Ir a um psicólogo não é
suficiente, é preciso saber de qual ponto de vista ele atua. O ponto de vista
inclui a direção. Para onde a terapia vai? Qual tipo de progresso quer realizar?
Resgatar experiências de vidas passadas fornece
um incrível estímulo na direção das mudanças procuradas. Abre o horizonte do eu
e de sua identidade, e, portanto, de suas possibilidades de evolução. Os
esquemas de compreensão que cada um possui, geralmente adquiridos de sua
família e ambiente sócio-cultural, precisam ser rompidos para que novas formas
de entendimento de sua realidade possam lhe regalar o ímpeto e o entusiasmo perdidos.
Nesse sentido, a recuperação de problemáticas
que transcendem a história do eu atual são de grande ajuda. Não nos interessa enxerga-las
como verdades históricas concretas. A própria história, como todo historiador
sabe, é o conto do passado a partir de um ponto de vista. Recordamos conforme
faz sentido para nós. Assim as vidas passadas que se encontram no processo
terapêutico são as que promovem o crescimento do eu e a superação dos males
presentes.
Dizia Jung que “real é o que tem efeito”. Nesse
sentido um sonho pode ser mais real do que um fato relatado no telejornal. O real está sempre vinculado a alguém. A história
é feita de pequenos centros de interpretação e vivência, ou seja cada um de nós.
Em minha experiência clínica, a descoberta de
eventos passados tem provocado saltos inesperados e o progresso desejado.
Naturalmente, não se chega às vidas passadas sem antes ter analisado a vida
presente, inclusive porque qualquer imagem que aflorar à mente tem relação com
o presente da pessoa. Logo este presente precisa ser conhecido. O trabalho com
as vidas passadas não é diversão, é terapia. É parte do caminho de
empoderamento pessoal e de libertação de padrões repetitivos de comportamento,
de sentimento e de pensamento.
Por isso, a análise pessoal é o cenário central
da regressão. É para dar mais espessor e ganhar mais recursos que às vezes é
preciso voltar ao longínquo passado e sondar o que aconteceu.
As teorias do trauma confirmam que, não só os
efeitos dos traumas permanecem silenciosos por anos e anos, como que não os se
resolvem somente no plano cognitivo. Os traumas amarram a energia emocional da
pessoa de formas que transcendem sua racionalidade e limitam tanto suas
escolhas como o entendimento de si e dos outros.
Muitas limitações que as pessoas apresentam são
enraizadas em outras vidas. Tanto é que apesar de haver ocorrido algo nesta
vida, mesmo quando analisado, compreendido, chorado e aparentemente superado,
parece que há algo que segura, que prende, que não faz de fato ir adiante. É nessa
hora que precisa olhar para trás. Buscar origens ocultas. Aprofundar o olhar e
ir curar feridas antigas.
O trabalho de regressão pelo método de Roger
Woolger (Deep Memory Process) é uma verdadeira terapia e não simplesmente uma
catarse. Cura o passado integrando-o à consciência presente, ampliando a
identidade do eu e promovendo o equilíbrio e a serenidade interiores procurados.
Adriana
Tanese Nogueira
Terapeuta
Transpessoal, Psicanalista, Life Coach, Educadora Perinatal, Orientação Pais,
Terapeuta Floral, Consultora, Palestrante e Autora. Atendimento adulto, criança,
casal e adolescente. Consultoria em empresas e serviços de saúde. Presencial,
Skype, WhatsApp, telefone. Boca Raton, FL +15613055321.
www.adrianatanesenogueira.org.
Essa frase combina com o que esse texto, espero que goste:
ResponderExcluir"Nunca dês ouvidos àqueles que, no desejo de te servir, te aconselham a renunciar a uma das tuas aspirações. Tu bem sabes qual é a tua vocação, pois a sentes exercer pressão sobre ti. E, se a atraiçoas, é a ti que desfiguras. Mas fica sabendo que a tua verdade se fará lentamente, pois ela é nascimento de árvore e não descoberta de uma fórmula. O tempo é que desempenha o papel mais importante, porque se trata de te tornares outro e de subires uma montanha difícil. Porque o ser novo, que é unidade libertada no meio da confusão das coisas, não se te impõe como a solução de um enigma, mas como um apaziguamento dos litígios e uma cura dos ferimentos. E só virás a conhecer o seu poder, uma vez que ele se tiver realizado. Nada me pareceu tão útil ao homem como o silêncio e a lentidão. Por isso os tenho honrado sempe como deuses por demais esquecidos. "
Saint Exupery (Citadel)