POR QUE FAZER TERAPIA
Quando seu carro dá problemas, você vai ao mecânico. Se seu computador
tem vírus você recorre a um técnico. Uma perda no encanamento o faz chamar um
encanador.
Claro que em primeiro lugar você irá tentar consertar por sua conta e
isso por, pelo menos, dois motivos: porque você economiza dinheiro e tempo.
Você quer soluções rápidas, ainda mais nos tempos atuais quando basta clicar um
botão para mudar de página, de site, de filme, de assunto. E também porque
tendemos naturalmente a evitar mexer naquilo que pode continuar do jeito que
está, com somente pequenas mudanças.
Entretanto, quando o problema persiste e na falta de conhecimento
suficiente, temos que recorrer a um especialista. O que acontece quando somos
nós a “dar problemas”? Quando nós não estamos funcionando bem? O especialista
para esse tipo de problema é qualquer um que exercer a arte e a ciência da
terapia.
Terapia é arte e ciência. Enganam-se os que acreditam nela como ciência,
pois a psique humana tem mostrado tamanha complexidade e pluralidade de
sentidos que a ciência é incapaz de abrangê-la por completo. Existem muitos
tipos de terapia, todos voltados a promover um bem-estar que é essencial não só
para o nosso funcionamento diário, quanto para nossa felicidade.
Da mesma forma que o técnico de computador é chamado porque nossos
conhecimentos são limitados, o terapeuta entra em cena porque nossos
conhecimentos a respeito de nós mesmos e da nossa situação não dão conta de
resolver o que está nos perturbando.
A confusão na qual se cai com frequência é que temos dificuldade em
conceber a possibilidade que outra pessoa que não nos conhece possa saber mais
de nós do que nós mesmos. Como assim, dirá João? Eu sei de mim. Eu já passei
por isso, eu resolverei isso.
E “isso” não se resolve. “Isso” é procrastinado até a feridinha se
tornar um câncer. Sim, porque os problemas psicológicos, assim como as feridas
no corpo, pioram quando não se cuida deles, e pior, os se maltrata e
desconsidera.
O que precisamos entender é que o terapeuta não necessariamente sabe
mais a respeito de nós mesmos. O terapeuta sabe mais a respeito de como
funciona a psique humana e – o que é ainda mais importante – não está preso (ou
não deveria) nos arcabouços conceituais que definem “o que é e o que não é real,
verdade, certo”.
Pensemos com calma. “Ter um problema” já é uma interpretação, já espelha
uma forma de ver a realidade e de se entender como gente. Nossa forma de ser é
também o resultado do meio no qual crescemos e vivemos. Com o tempo acontece de
mudarmos, e de precisarmos, portanto, nos livrar do que impede nosso
crescimento. Aí surgem alguns de nossos “problemas”.
Ao surgirem novas necessidades, geralmente, o sistema anterior de
interpretação que usamos não funciona. Uma terapia pode ajudar a dar o salto, a
abrir as asas, a conseguir usar o “problema” para dar um upgrade grande na
vida.
Dependendo do que se quer e da consciência que se tem,
é importante buscar uma terapia que saiba ir à raiz do “problema”, quando mais “radical”
for (ou seja, souber chegar a raiz da questão em pauta) maior o salto que você
dará, maior sua realização expressão e o manancial de possibilidade que lhe se
abrem na vida.
Adriana Tanese Nogueira
Psicanalista,
filósofa, life coach, terapeuta transpessoal, interprete de sonhos, terapeuta
Florais de Bach, autora, educadora perinatal, fundadora da ONG Amigas do Parto,
do Instituto de ensino à distância Ser e Saber Consciente e do
ConsciousnessBoca.com em Boca Raton, FL-USA. +1-561-3055321
Comentários
Postar um comentário